domingo, 12 de outubro de 2008

Finalmente internet

Esse é meu primeiro post, mas tem informações de dias aqui, então eu vou tentar separar tudo que escrevi dia após dia.
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A PARTIDA

Olá para quem está lendo isso =)

Estou sem internet nesse momento que digito esse texto, porque ainda não ganhei uma senha, mas aparentemente amanhã, tudo estará resolvido. Cheguei ontem em Ferrara na Itália (30/09/2008) à noite e estou um pouco cansado ainda da viagem, mas acho que já estou quase dentro do horário deles (no momento no Brasil está 5h mais cedo que aqui até acabar o horário de verão Europeu) justamente pelo cansaço.

Vou contar um pouco da minha viagem para cá e o que eu passei nesses dias:

Dia 29 de setembro saí com meu pai, minha irmã e a namorada do meu pai de manhã de Campinas para São Paulo para almoçar na minha avó e depois fui para Guarulhos, onde pegaria meu avião. Pouco tempo depois de chegar em “San Paolo” todos os meus 4 tios homens por parte de pai chegaram, juntamente com um primo e mais um sócio de alguns deles, que eu também conheço. Além de falarem muita besteira para mim, ganhei uma camiseta do Corinthians de um dos meus tios, que, por um acaso, estou usando enquanto escrevo, e um bom dinheiro de um tio e do meu pai para eu passar o primeiro mês. Um pouco mais tarde uma tia minha (mais especificamente a esposa do meu tio) apareceu com uma travessa de macarrão e gnocchi e disse que era para eu já me habituar com a comida... hehehehehe

Depois, meus tios foram embora e quando saíamos um primo meu de segundo grau chegou e se despediu de mim também, mas foi muito rápido porque estávamos de saída mesmo. Então fomos ao aeroporto e daí foi aquela coisa normal de aeroporto mesmo, quer dizer, eu não tenho muita certeza porque é a primeira vez que vôo para fora do país e a segunda que ando de avião, e na primeira eu tinha catorze anos (quase a oito anos atrás) e quem estava vendo tudo eram meus pais, ainda casados na época.

Finalmente, depois de muita espera, entrei no avião, e meu caminho internacional começou logo de inicio, quer dizer, já precisei falar logo de cara em outra língua. Isso porque ao meu lado sentaram um chileno e um brasileiro. Curiosamente, o brasileiro era um comissário de bordo da própria empresa, que estava voando para a Alemanha, onde mora atualmente. Mês sim, mês não ele trabalha de comissário e alternadamente ele trabalha de marceneiro na Alemanha. Isso é para mim bastante diferente. Como os três falavam espanhol, a conversa foi em espanhol mesmo. Depois de algum tempo paramos de conversar.

Diferentemente do que minha irmã presenciou quando foi para a Espanha, meu avião não possuía TVs individuais na classe econômica, talvez alguém pense: “Que chato, heim? Não podia assistir o que queria por doze horas seguidas numa cadeira não muito espaçosa e ainda por cima na janela, onde se tem que pedir licença para os outros para sair”. Na verdade esses dois fatos foram as melhores coisas que poderiam me acontecer para tornar minha viagem tão bonita quanto foi, mais para frente eu explicarei isso.

Não sei ao certo que horas eram, mas acredito que eram às nove da noite mais ou menos, serviram o jantar, então o comissário (não o que estava viajando ao meu lado) me perguntou se eu queria Goulash (não tenho a mínima idéia como se escreve) ou pasta (macarrão). Perguntei a ele o que era o primeiro, e ele disse ser uma carne com molho se me lembro bem. Daí eu acabei optando por ele mesmo e disse ao comissário que era melhor porque eu ia para a Itália. Ele sorriu e disse “Good choice”.

Depois de umas quatro horas no avião ou mais, começou a passar um filme chamado “O melhor amigo da noiva” ou algo assim. Para falar verdade eu não me interessei muito e tentei dormir, mas não consegui, parte pela excitação, parte pelo pouco espaço do banco. Nessa hora começávamos a sobrevoar o Oceano Atlântico então olhei pela janela e vi uma das coisas mais bonitas da minha vida. O céu estava totalmente estrelado (mesmo porque estávamos acima das nuvens). Foi algo indescritível, nunca estive tão perto (mesmo a muitos anos luz de todas) delas e parecia que eu realmente estava no céu (paraíso). Pensei comigo mesmo como é maravilhoso esse planeta e me senti muito grato por poder não só estar lá para poder ver tudo aquilo, mas também pelo fato d’eu ser levado a olhar para essa belíssima paisagem. Quantas pessoas será que viajam tantas vezes e talvez nunca tenham percebido tamanha beleza.

Não parou por aí, passado mais um tempo e diversas olhadas minhas para o céu, pude avistar a cidade de Dakar na África, aquela do rali e passada ela entramos no deserto. Eu sabia onde estava, porque entre um filme e outro aparecia na TV um mapa mostrando o percurso feito e um zoom no local onde estávamos, entre outras informações. Na hora não dava para ver muita coisa, então eu voltei para olhar o que se passava na televisão. No fim da noite e começo da madrugada ainda estávamos sobrevoando o deserto, foi aí que olhei para a terra e vi o deserto. Foi outra visão linda, todos os desenhos formados na areia, que provavelmente só algumas pessoas vejam da mesma forma que eu vi, já que as dunas estão em constante mudança. Mais uma vez fiquei pasmo com a beleza do local e muito grato por poder ver tudo e também pelo fato do filme ser chato e d’eu estar na janela. Passado pouco tempo entramos no mar Mediterrâneo e pelo fato do Céu estar sem nuvens dava a impressão de infinito, quer dizer, eu já não tinha mais noção de onde começava o céu e onde terminava o mar, é muito impressionante para falar a verdade.

Sobrevoamos então, a Palma de Mallorca, uma ilha pertencente à Espanha. Achei muito bonita a ilha vista de cima, ao menos, e como pensei que estava já no continente, demorei um pouco para entender porque o mar voltara a aparecer. Pois bem, o céu ficou anuviado então perdeu um pouco a graça depois de um tempo. Tive um cochilo e acordei com o comissário chegando com o café da manhã. Olhei para fora e pude ver no meio das nuvens os Alpes. Uma belíssima visão também. Pude até ver neve, e bastante, pelo menos para mim, nas montanhas. Novamente o céu se tornara cheio de nuvens e só depois de algum tempo pudemos ver de novo as cidades.

Eu não falei inicialmente, mas meu vôo foi de Guarulhos para Frankfurt. Quando chegamos às proximidades do aeroporto, avistei a civilização. Ao olhar para a região de Frankfurt me lembrei daquelas maquetes lindas de cidades modelo e coisas assim. Era possível ver trechos arborizados, diversas pequenas propriedades, também trechos com vilarejos e muitas auto-estradas.

Enquanto pousava na cidade alemã eu me espantei com a quantidade de aviões da Lufthansa, bem como prédios e coisas mais com o símbolo da companhia aérea. Cheguei a pensar que era um aeroporto exclusivo dela. Mais tarde descobri que aquela área que conheci era apenas uma pequena parte do aeroporto e essa parte era praticamente exclusiva da Lufthansa. Não consigo nem imaginar o tamanho que tem esse aeroporto, mas tudo bem... hehehehe

Depois de esperar mais ou menos das 11 até as 16 finalmente embarquei novamente e pude ir à Itália. Cheguei por volta das 18:00 em Bologna e de lá peguei um ônibus até a estação central (eu e minhas duas ‘leves malas’ de mais de 25kg cada, sem falar na bagagem de mão). Não sei como não apanhei do senhor que estava no ônibus, isso porque eu inicialmente caí em cima dele com as malas e depois minha mala caiu em um pacote dele com presentes. Ainda assim ele foi gentil comigo e até falou em inglês e espanhol comigo. Sou uma pessoa de muita sorte! =)

Vou abrir um parêntesis aqui: Isso que falarei vale pelo menos no aeroporto, mas pelo que entendi isso vale para toda Alemanha. Comprei uma garrafa d’água e nas lixeiras de reciclável não tinha espaço para plásticos. Então voltei na loja e perguntei onde poderia jogar. Eis que ele me diz que na Alemanha, existe uma lei, que você recebe 15 (ou 25, não lembro mais) centavos de Euro para cada embalagem plástica que você devolve. Isso sim é que preocupação com o lixo plástico! Imagina se isso acontecesse no Brazil? Provavelmente os carinhas com aquelas carretas improvisadas estariam muuuuuuuuuito bem pagos.

Chegada à estação, depois de comprar o bilhete de trem e convalidar, eu tive que descer e subir um lance de escadas bem íngreme para pode chegar ao local onde o trem partia. Somente depois descobri que havia um elevador por lá que substituía a primeira descida, mas tudo bem. Entrei no ônibus e estava morto de cansaço da viagem. Mal tinha pregado os olhos na viagem Guarulhos-Frankfurt e nem na espera da conexão. Sendo assim, durante o percurso de trem, cada pescada que eu dava era uma estação. Uma senhora abençoada que me ajudou a subir com a mala falou um pouco comigo em inglês, espanhol e italiano, mas eu estava stanco (cansado) de mais para conseguir ter uma grande conversa profunda com ela. A senhora ainda me ajudou apontou a saída e o ponto de taxi onde fui a Darsena City, onde vou morar até final junho de 2009. Chegando lá encontrei uma senhora chamada Gianna, que por muita sorte consegui vê-la antes dela sair. Fui levado ao meu apartamento e me mostraram tudo que ele possuía. Gostei bastante do lugar, têm duas camas, fogão elétrico, pia, geladeira, microondas armários.

Tentei ligar para meu pai para avisar que estava tudo bem, mas não consegui, mas por uma grande sorte encontrei um Georgiano que me deixou usar alguns minutos o computador dele para eu avisar que estava tudo bem. Mesmo assim, só consegui avisa um amigo meu e pedi para ele que avisasse que estava tudo bem. Finalmente depois de arrumar meu quarto o suficiente e fazer a cama eu dormi... POR DOZE HORAS CONSECUTIVAS!!! Sabe, talvez para você que esta lendo isso não seja algo espetacular, mas quero alertar que eu em geral durmo somente umas seis horas e pouco. Ou seja, foi muito tempo comparado ao meu normal.

Vou abrir um pequeno parêntesis aqui. O lugar onde eu vivo não poderia ser mais curioso. Digo isso porque, se desço ao térreo e atravesso duas portas eu estou em um shopping que tem cinema, supermercado e tudo mais, até loja de “tudo por um euro” (já vi esse filme em algum lugar). Além disso, o prédio eu moro devia se chamar “torre de babel”. Já encontrei por aqui camaroneses, uma polonesa, o dito georgiano, italianos, chileno, etc. Isso só os com que consegui conversar um pouco.

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PRIMEIRO DIA

Era mais ou menos meio dia quando sai da cama e abri meu calendário. Esse calendário é somente para os dias do mês. Quando abri, estava escrito para o dia 1:

Cada dia é uma nova vida, uma nova experiência.

Cada dia é uma nova vida, uma nova experiência. Cada experiência é um degrau para o progresso da alma. Não fique preso ao passado. Você está, agora, diante de uma nova experiência. Dedique-se a ela de corpo e alma e verá surgir o degrau de evolução.

Quando li, além de quase chorar, eu olhei para o calendário e tive vontade de dizer “você não imagina como!”. Eu tenho um desses calendários no Brasil, me pergunto se meu pai leu essa mensagem simplesmente perfeita para a ocasião.

Depois disso, fui conhecer o local onde estava e procurar uma tabacaria, que pelo incrível que pareça vende tabaco, mas também vende cartão telefônico, que era exatamente o que eu precisava. Não encontrei em nenhuma o tal cartão, então resolvi fazer compras para casa, especialmente comida, porque sai mais barato fazer do que comprar, não tem jeito. Nunca fiquei tão feliz ao ver um caldo knorr na minha vida... huahauhauhauha... Tive muita sorte porque esse mês (justamente o mês que não tenho bolsa de estudos) o supermercado está com promoção de 20% de desconto na maior parte dos seus itens, foi uma maravilha. Encontrei até uma super promoção de rolo de papel higiênico. A embalagem já era econômica por si só e para deixar ainda melhor, na compra da primeira, a segunda era de graça... Duvido que precise de papel até o fim da minha jornada aqui. Um espetáculo!

Minha primeira refeição feita por mim, não poderia ser outro que não espaguete, hehe. E a fome era tanta que mesmo só com sal, caldo knorr, foi algo maravilhosamente saboroso... hehehe... Ah, é claro, minha primeira janta quando cheguei foi pizza, que como já tenho costume foi meu café da manhã do dia seguinte, mas, como disse, me levantei ao meio dia, então na verdade meu café foi meu almoço.

Para me acostumar com o horário e não perder a hora comprei um despertador (la sveglia) na loja de “um e noventa e nove da comunidade européia”. É obvio que era um daqueles bem vagabundos do tipo “made in china”, mas para que melhor? Se fosse um relógio de pulso ainda vá lá... hehehe... Não fiz mais nada muito emocionante no dia, fui dormir e acabou o dia.

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02/10/08

No dia seguinte acordei de manhã e o nascer do sol estava muito bonito. Tirei uma foto, mas gostaria que tivesse um zoom maior, de qualquer forma ficou boa também =) Tive a brilhante idéia de ir à planta da Basell (onde estudarei) a pé. Segundo meu guia de viagem o caminho era de aproximados 40min a pé. Devo ter demorado bem mais, porque errei o caminho umas duas vezes na ida. Não existem muitas as ruas que possuem placas dizendo quem elas são. Fico feliz por ter tido meu curso de Italiano de sobrevivência, porque se não eu nunca ia chegar lá. Eu realmente consegui entender as direções que me passavam, fiquei muito feliz!

(Foto em homenagem a minha irmã.... Achei essa placa no meio do caminho para a Basell)

Finalmente chegando lá encontrei com a Paola Brutomesso que é quem está fazendo a maior parte do meio campo entre eu e o professor aqui da Itália. Devia ter pedido para ela falar em Italiano comigo com mais ênfase. Para quem nunca assistiu o filme “The Italian man who went to Malta” (http://www.youtube.com/watch?v=m1TnzCiUSI0) no youtube, não vai entender, mas para quem assistiu, pode ter certeza que ele tinha uma pronúncia perfeita do inglês. Não podia ser mais macarrônico o inglês dela. Mas fiquei feliz pelo esforço dela, mesmo porque enquanto ela falava, eu ia pensando no Super Mario e no Italian man. Essa viagem está sendo um sarro. Hehehe... Durante a conversa com ela, me pediu que fizesse algumas contas como conseguir um “codice fiscale”. Acredito que seja uma espécie de CPF, isso porque, ele é necessário para eu abrir minha conta bancária por aqui.

Na volta finalmente encontrei um tabacaio e pude comprar o tão esperado cartão telefônico para ligações internacionais. Como era de manhã ainda, tive que esperar até mais ou menos uma da tarde aqui para não acordar meu pai de madrugada. Levei bronca dele por ter demorado, mas realmente não tive o que fazer. Compreendi a preocupação dele e por isso nem se quer fiquei chateado ou bravo na hora.

Quando era umas 3 horas fui assinar meu contrato da minha residência. Naquele momento, ao chegar, descobri que um chileno, de nome Danilo, que acabara de chegar iria morar comigo. Sua história é mais curiosa que a minha, porque ele ainda teve que chegar aqui sem mala, uma vez que a dele se extraviou em Madrid. Sem comentários. A sorte dele é que no dia que eu cheguei a senhora Gianna me deu um jogo de cama, mais um edredom e uma toalhinha. Isso porque aparentemente uma menina que chegara antes não tinha trazido essas coisas e reclamou que ninguém a tinha avisado. O cara do local estava ocupado e pediu para eu aparecer no dia seguinte para assinar o contrato.

Como eu já tinha roupa de cama o suficiente, resolvi guardar para caso aparecesse alguém chegasse e precisasse das roupas de cama. Parece até que foi combinado. Gostei de ter podido ajudar o cara. Ele pagou metade das coisas que eu comprei para casa e ele pretendia usar também, então recebi uma grana de volta. Muito bom por hora. Aproveitei para falar para ele tudo que a Paola tinha pedido para eu fazer que ele também precisaria. Combinamos de sair de manhã para resolver o assunto.

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03/10/2008

Finalmente no dia 3 de outubro eu fui assinar meu contrato enquanto o Danilo dormia e quase tive um ataque ao saber que além dos 350 do aluguel eu teria que pagar mais um imposto e uma taxa de inscrição no primeiro mês, ou seja, os 350 na verdade se tornaram 550. Ainda bem que é só esse mês! Depois disso, falei sobre um problema que eu tive com minha chave e quando voltei para meu quarto para mostrar para o cara da recepção o que tinha ocorrido o Danilo acabara de acordar, daí assim, partimos pouco depois, mas antes fomos pegar a mala extraviada do meu companheiro chileno na recepção que chegou pouco depois que eu subi. Quando chegamos o cara da recepção o senhor Felipo, que é meio que o cara que coordena a recepção me arranjou uma chave nova. Esse cara é gente boa, mas para muitos ele pode parecer grosso pelo jeitão dele.

Como havia dito, saímos longo em seguida atrás de um “permesso di soggiorno” que é um visto de estadia. Fiquei maravilhado com as folhas amareladas caindo enquanto andava pela cidade. O típico outono que nunca presenciei na minha vida. Não que nunca tenha visto árvores com suas folhas caindo, mas não todas ao mesmo tempo. Por ainda não termos bicicleta fomos a pé até ao que aparentemente é a central dos correios de Ferrara. O prédio é muito bonito e possui dois relógios na parede, um que mostrava as horas e o outro que mostrava os meses. Nenhum dos dois estava funcionando, mas achei legal. Espero tirar fotos de lá da próxima vez que eu for para lá.

Assim que fomos atendidos, eu perguntei a moça, para confirmar, se eu precisava de visto (observe que eu perguntei em italiano mesmo... Estou orgulhoso de mim mesmo... huahauhauha). Ela não sabia ao certo e foi perguntar, acabou por me dizer que não precisava, mas que eu deveria andar com meu passaporte para todo lugar, e se me perguntassem era só eu dizer que estava estudando aqui. Em seguida, pegamos a papelada para o permesso do Danilo e fomos embora para um outro lugar para conseguir o “codice fiscale”. Chegamos uma meia hora antes dele fechar e então conseguimos nosso ‘CPF macarrônico’. Mais tarde fomos a Basell e finalmente conhecemos uma parte da planta, onde estudaremos aqui no período da bolsa. Como o professor Mazzullo não estava lá não pudemos conhecer tudo e nem ganhar nossa senha de internet, o que significa o fim de semana sem comunicação. Por outro lado, ganhos os tickets de alimentação desse mês, sendo assim, só precisaremos nos preocupar com a janta daqui para frente.

Antes de voltarmos ficamos sabendo que deveria haver uma russa no habitando no mesmo local (não o mesmo quarto) que nós. Assim que chegamos da Basell perguntamos da moça e o pessoal da recepção tentou ligar para ela, mas ninguém atendeu. De qualquer forma enquanto estávamos tentando explicar de um problema no armário ela chegou lá. Nem preciso dizer que, uma vez eslava ela era bonita, uma pena que seja casada... hehehe... Descobri mais tarde que na verdade ela era nascida na Moldávia, mas é da época da união soviética e ela se mudou mais tarde para Moscou.

Assim avisamos a ela que havíamos ido a Basell e o que ela precisava fazer. Como ela falava tanto italiano quanto o Danilo, ofereci ajuda a ela para irmos no dia seguinte pegar a papelada do permesso, o CPF ela já havia feito algum dia desses. Ela de certo modo ficou espantada porque achou que o local ia estar fechado no sábado, isso porque, como ela mesma disse, aparentemente os Italianos não gostam muito de trabalhar... hauhauhauahau

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04/10/2008

Assim, no dia seguinte fomos ao longínquo centro (uma caminhada de 15min) ver a papelada para ela e depois fomos pesquisar preço de bicicletas usadas para comprar. No caminho comentei com nossa nova companhia sobre o fato deu nunca ter visto tantas árvores amarelando o tempo todo. Pegamos rapidamente o papel e saímos. Enquanto isso Danilo perguntou para uma moça sobre o caminho até um internet point para que ele pudesse falar com sua família. Diferente de mim, mesmo com o cartão ele não tem conseguido ligar para sua casa por algum motivo que permanece obscuro.

A moça explicou-nos o caminho e partimos, resolvi fazer um comentário para ele sobre a moça que ele havia pedido informação e disse “Chica guapa”. Para minha surpresa Ekaterina entendeu e concordou comigo. Quem mandou querer fazer comentários em outras línguas? Bem feito para mim. Aparentemente pessoas na Rússia gostavam de aprender espanhol porque cuba era um outro país comunista e ela aprendeu alguma coisa também, talvez porque sua mãe tenha aprendido e ela achou legal (ela disse que a mãe dela sabe falar espanhol também).

Durante nosso caminho até as bicicletas, passamos na frente de um castelo e da catedral da cidade. Aparentemente estava tendo um evento na cidade, e também estava rolando uma feira de antiguidades. Como eu estava com pressa, porque sabia que tudo se fecharia depois da uma da tarde só olhei meio de longe, mas tenho certeza que meu cunhado iria ter tido um treco ao passar pela frente, inclusive porque uma das barracas vendia moedas. Senti-me numa feira medieval, dado o cenário montado e tudo mais. Bem curioso.

Paramos para almoçar em uma trattoria, minha amiga russa disse que iria me acompanhar no que eu pedisse porque ela não entendia muita coisa mesmo que o pessoal falava. Tadinha... O cara da trattoria disse que a especialidade da casa era o capelaccio di zucca (não estou certo se é assim que se escreve), pedi dois alla ragú (não sei se é assim que se escreve também), que nada mais é que o que chamamos de molho bolonhesa, eu não entendi direito porque, mas existem pratos que eles chamam de ragú (para o molho) e outros que eles chama de alla bolognese, acredito que o nome seja tão famoso que eles coloquem para atrair turistas.

De qualquer forma o grande problema foi que zucca, nada mais era que abóbora (eu não sabia), e a Ekaterina não gosta de misturas de doce com salgado, logo ela não gostou muito do prato, fiquei com pena dela, mas não foi minha culpa. Depois parei para raciocinar um pouco e me lembrei que em inglês zucchini é abobrinha e de certo essa palavra era italiana, logo zucca tinha que ser abóbora mesmo. Fantástico como as coisas fazem sentido se você pára para pensar nelas.

Durante o almoço ainda, falamos sobre comidas especialmente frutas no Brasil. Conforme ia dizendo o que tínhamos lá ela olhava para mim com uma cara de ter tara por todas aquelas frutas (manga, banana, maracujá, etc.) e chegou um belo momento que ela se voltou para mim e disse algo como: “Como você tem coragem de sair do Brasil?”, respondi dizendo que era bom ouvir isso de pessoas de fora e que o povo brasileiro tem costume de reclamar de tudo. Depois do almoço passamos por alguns lugares mais à procura de bicicletas e voltamos para casa. Passamos por uma espécie de portal e conhecemos a muralha que envolve a cidade. Tirei algumas fotos do dia. Preciso tirar fotos minhas aqui, só tirei fotos das paisagens... Hehehehe... Fim do sábado

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05/10/2008

No domingo (5/10/2008) era dia de eleições no Brasil, e eu só sabia disso porque meu pai falou para mim o que era óbvio, que o Dr. Hélio tinha ganhado, só não esperava que iria ser por tanto. Hoje aqui estava fechada a maior parte da galeria (só o cinema, os locais de alimentação e o fliperama/caça-níqueis estavam abertos) e acabamos ficando sem molho de tomate hoje. Nossa amiga russa veio almoçar com a gente, então sem saber o que fazer sugeri um macarrão alho e óleo, e para minha surpresa só eu sabia o que era isso... Para minha sorte ela tinha alho na casa dela. Voltou trazendo uma garrafa de vinho tinto. Foi um almoço bastante agradável, ficamos conversando sobre línguas e sobre as nossas culturas a maior parte do tempo e, aparentemente, teremos muito para falar sobre esse assunto. Estou me esforçando bastante para desvincular de certo modo o Brasil do resto da América Latina, porque se for parar para pensar somos o povo mais distante em costumes e afins (a começar pela língua).

Antes de ir ela pediu um pouco de sal, porque não havia comprado e deixou para nós o alho que sobrou e também o vinho. Falamos para ela levar, mas ela disse que não é costume russo levar uma garrafa de vinho (ou coisas assim) e levar ela de volta depois. O Danilo retrucou dizendo que no Chile se uma pessoa traz uma garrafa de vinho e ela não acaba ela tem que voltar outro dia para terminar. Ela respondeu dizendo que provavelmente almoçaríamos muitas vezes ainda. Não fiz nada mais de muito interessante no dia, com a exceção de que na janta, como ela deixou o vinho e o alho que sobrou para nós, consegui fazer uma comida um pouco melhor. Eu adoro molho a base de vinho.

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06/10/2008

Segunda-Feira... Fomos, nós três, hoje de manhã para Basell e o professor Mazullo nos apresentou tudo parte da planta que ficaremos. Descobrimos que provavelmente seremos 12 nesse master, mas que no momento só nós três chegamos. Depois tivemos nosso primeiro almoço na fábrica e talvez uma das melhores refeições desde que chegamos aqui. Mais tarde fomos pedir ajuda em um lugar para preencher a papelada para o permesso deles dois. Curiosamente, enquanto esperávamos descobrimos que uma das mulheres esperando era uma senhora da Ucrânia e então, assim que a senhora soube que a Ekaterina era russa, ela começou a falar em russo com ela... Eu nem sabia que na Moldávia e na Ucrânia se falava russo, mas tudo bem. Talvez eu precise estudar mais geografia.

Vou abrir um pequeno parêntesis aqui. Se algum de vocês que lê isso pensa em vir para cá, faça um curso de italiano. Foi uma das coisas mais úteis que eu poderia ter feito antes de vir para cá. Mesmo que não tenha sido muito extenso ele já nos ajudou muitas vezes. Inclusive Ekaterina disse que ela deveria dar um presente para minha professora (espero que a Ilaria, minha professora de Italiano, leia isso). É impossível sobreviver com inglês aqui. Mesmo com o espanhol e o português não ajuda muito. Fim do parêntesis

Mais tarde reclamei que não existia gente que falava português aqui para Ekaterina. Para minha surpresa, encontramos um brasileiro de Florianópolis enquanto negociávamos nossas bicicletas. Sim, agora eu tenho uma bicicleta! Os locais são todos próximos, mas não o suficiente para se andar todo dia, e como diria o ditado: “Em Roma, faça como os Romanos”. Foi um pouco engraçado porque Ekaterina não sabia andar direito de bicicleta, então ela tem um pouco de medo ainda, mas em breve ela vai pegar o jeito, com certeza.

Não tínhamos nada para jantar hoje, então tivemos que comprar algo no supermercado. Convenci o chileno a experimentar moela e como ele nunca tinha comido polenta na vida, compramos uma pronta e daí só tive que fazer um molho de tomate e tivemos uma refeição. Eu sei que muita gente não gosta de moela, mas eu gosto, e pelo visto o Danilo também gostou. Fico feliz com isso =)

Enquanto eu cozinhava, ele me perguntou se eu sentia falta de alguma coisa do Brasil. Veio como um raio na minha cabeça. Bateu um aperto na hora, disse que sentia falta da minha família e me perguntou se eu era muito ligado a ela. Respondi dizendo que vivo com meu pai, e que eu tenho a idade dele quando ele saiu de casa (ele tem 26 anos). Continuando a conversa ele perguntou se eu não mudei de casa quando entrei na faculdade, mas isso em fato nunca aconteceu, porque até a faculdade era perto de casa. Mais tarde, um pouco (agora, por exemplo) penso que não é a única coisa que eu sinto falta. Acho que a foto que tirei hoje enquanto escrevo é suficiente para quem interessa entender do que estou falando... Quem mandou ser um cara romântico?

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07/10/2008

Sete de outubro, hoje eu não tenho grandes coisas para contar, com a exceção de que eu pela primeira vez consegui ter acesso a internet por algum tempo, mas não foi em casa... Foi na empresa, sendo assim só tive tempo de olhar uma parte de meus e-mails (eram muitos, mesmo) e consegui responder um, acho. A comida da Basell é bem gostosa, eu não contei, mas assim como a empresa que eu estagiava antes, quem faz a comida é a sodex ho, mas, obviamente, a alimentação aqui é de acordo com o paladar Italiano, sendo assim, ao invés de arroz e feijão temos aqui, uns dois tipos de macarrão, ou uma sopa, ou ainda arroz com molho por cima, isso é o que eles chamam de primeiro prato, antes disso temos a escolha entre iogurte, fruta, queijo e uma espécie de carpaccio e depois temos uma opção de carne e uma de salada, sendo que esses dois últimos são o segundo prato. Daí para beber pode pegar água e uma mini lata de refrigerante (250mL). Veja que eu disse ‘e’ não ‘ou’. Hoje eu comi peixe, salada e minestroni (uma espécie de sopa). Ontem comi macarrão com molho de alcachofra, frango assado e salada. Vou parar de falar dessa parte gastronômica, porque jádeve estar ficando chato, para quem lê.

Mudando de assunto, estamos combinando de ir a Veneza na sexta-feira, quando não teremos aula e provavelmente terão menos turistas na cidade, pretendemos passar o dia todo lá. A viagem de trem é um pouco longa, mas daqui a ida e volta sairá por um pouco mais que 20 euros. Acho que dá o preço de ir e voltar para de campinas para São Paulo, a diferença é que é para Veneza... hehehe... Acredito que não tenha acontecido nada de muito emocionante hoje.

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08/10/2008

Finalmente hoje (08/10/08) conseguimos abrir nossa conta bancária universitária aqui na Itália. Nós pagamos por volta de uns 2 euros e pouco de manutenção, mas pelo que entendi isso é um imposto que o governo cobra não eles, mas não tem importância isso. Encontramos o professor Mazullo no refeitório e ele nos apresentou o vice-presidente da Basell aqui de Ferrara. Aparentemente ele conhece alguém aqui no Brasil, que também é italiano. Talvez isso me valha de alguma coisa mais para frente.

É meio chato aqui sem internet e televisão à noite, especialmente se não conhece nada. Aparentemente existem alguns bares e lugares para dançar para universitários no centro, pelo menos foi o que nossa professora de Italiano aqui disse. Estou esperando eu começar a receber para começar a sair mais. Diversão também é importante, não é mesmo?... hehehe

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09/10/2008

Agora vou descrever minha viagem de ontem (09/10/08). Saímos nos três de casa por volta das 6 da manhã e fomos até a estação de trem. Pegamos o trem das 6:37 ou qualquer coisa parecida por 6,15 euros. Passamos por algumas cidades e finalmente por volta das 8:00 chegamos... Sim, a cidade dos apaixonados, a poética VENEZA!!!!!

(logo saindo da estação)

Não tenho palavras para descrever o quão bela é a cidade. Com poucos passos você pode passar de uma bela obra de arte para outra, é algo indescritível. Cheguei a chorar na primeira igreja que entrei de tão feliz por poder ter essa experiência sem ao menos ter pensado em ir para lá. Deixa-me explicar, quem estava planejando mais a viajem era a Ekaterina e o Danilo. Eu fui junto porque queria conhecer, mas não era algo do tipo “não vejo à hora de ir para lá”. Talvez por isso mesmo eu tenha ficado tão impressionado. Veneza não para mim não é tão bela quanto me disseram, é ainda melhor! Apesar de antes não estar morrendo de vontade de ir, hoje eu não vejo a hora de voltar para lá.

Assim que chegamos, pegamos um vaporetto para rialto, que segundo o guia da nossa amiga era o melhor ponto para começar a viagem ou algo assim. Como era muito cedo paramos em um bar para tomar um capuccino em pé... heheheh... Quer dizer, aqui na Itália, se toma capuccino só de manhã e ademais, se você não se senta à mesa, o seu pedido sai bem mais barato... Se não me engano o capuccino era 1,40 em pé e 3,40 sentado... Vai entender!

Andamos, andamos e andamos... E como disse depois de alguns poucos passos arte, arte e mais arte! Até mesmo alguns interfones da cidade eram pequenas obras de arte. Uma mistura, talvez única... Eu não entendo muito de renascença e nem de arquitetura moura, então, se eu estiver enganado, por favor, me perdoem, mas para mim era exatamente isso. Elementos fortíssimos da renascença e de coisas árabes e tudo mais numa mistura que é algo inenarrável, de se aplaudir em pé. Bello, molto Bello... Meraviglioso!

(o dito interfone)

Assim como em Ouro Preto, você deve ir lá sabendo que vai ver muitas igrejas, ainda mais igrejas que Ouro Preto inclusive. Ah, é sem falar que uma boa parte delas você tem que pagar por volta de 3 euros para entrar. Como minha viagem de ontem foi no estilo mais econômico possível (inclusive a parte de comida, porque trouxemos sanduíches de casa) acabei só conhecendo uma das igrejas pagas, mas depois que começar a receber minha bolsa e for voltar para lá eu vou com mais dinheiro para poder conhecer tudo o que não conheci, o que foi muita coisa! Com certeza conheci menos da metade da cidade. Acredito que se você quiser olhar tudo com calma precisariam no mínimo uns três dias andando bastante.

Outra coisa que é paga lá são os banheiros públicos... Em geral é 1 euro para entrar, com exceção do banheiro na estação de trem que era 80 centavos. Acho que são poucos os que vão para Veneza em uma viagem econômica que nem eu, mas uma boa idéia é aproveitar as horas que for comprar qualquer bobagem para comer em alguma loja perguntar do banheiro. Você pode ser cara-de-pau também e entrar em um restaurante e perguntar diretamente se pode ir ao banheiro.

Uma coisa que iram notar muito é a quantidade de pasticcherie (doçarias) que vão encontrar e para falar a verdade, considerando o lugar eu esperaria que fossem muuuuuuuuito mais caras, mas me enganei, na verdade com a exceção de alguns restaurantes chiquíssimos e algumas lojas do tipo da “loja da Ferrari” os preços dos artigos vendidos eram bem mais baixos do que eu imaginava. Não comprei nada mesmo assim... huahauhauahauha. Só alguns postais (Thiago, o seu está aqui... huahauaha... só não consegui achar selos iguais) e um imã de geladeira que eu havia prometido para minha madrinha. Espero poder comprar mais imãs para ela em outras cidades... Ela merece =) Tenho que fazer o mesmo pelo meu padrinho, meus pais, avós, vários tios meus e alguns primos também. Minha família vale ouro, sem dúvida!

(foto tirada na Piazza di San Marco)

Ainda de manhã chegamos a Piazza di San Marco. Fantástica também, logo ao lado da igreja gigante tem um prédio que mostra as horas e em baixo outro relógio separado por 24h e os signos do zodíaco correspondente àquela hora. Em cima de tudo isso um sino, com dois homens com martelo que se moviam para tocar o sino. É bastante interessante pensar que ao lado de uma igreja há outro prédio com símbolos pagãos. Se bem que a própria igreja tem uma escultura de um grifo bem no meio. Se entendi direito o leão alado é símbolo da cidade, inclusive há bandeiras com ele em vários pontos da cidade. Muito bonita a bandeira por sinal.

(não era 'capricórnio horas'...hauhauaha)

Depois da Praça de São Marcos, andamos beira-mar até uma espécie de parque, bastante agradável, que mais tarde foi onde almoçamos. Aliás, só para constar, nesse trecho onde andamos beira-mar próximo a Praça existem várias barraquinhas onde você pode comprar de tudo, inclusive cartões de memória para máquina, que eu adoraria ter comprado, porque são muitas fotos que davam para ter tirado e eu não tirei. Mais de oitenta fotos e eu queria mais... hehehe

(o parque agradável)

Durante o passeio teve um dado momento que passou na nossa frente um enorme navio de cruzeiro, com algumas coisas escritas em grego. Lembrei que minha prima estava trabalhando no corpo de dança de um navio e que ela estava na Grécia. Tirei uma foto e fiquei me perguntando se eu poderia ter dado tamanha sorte. Espero que ela possa ver essa foto algum dia e me dizer. Outro lugar bem legal que fomos foi em uma exposição denominada Vivaldi e seu tempo. Lá havia alguns instrumentos musicais muuuuuuito antigos e alguns moldes, bem como algumas partituras.

Como disse, havia muitas igrejas, conhecemos a Igreja da Salute, Giglio (só por fora), São Benedito, a gigante Basílica de Frari entre outras, mas teve uma que me chamou muita atenção. A igreja de San Pantalon (espero ter escrito certo). Olhada por fora ela Olhando por fora ela é de tijolinho, simples de tudo, depois que entra, principalmente olhando-se para o teto, é de cair o queixo. O teto tem o formato um pirex quadrado mais ou menos e por ter as pontas arredondadas ele dá um efeito muito bonito, juntamente com outras pinturas que ficam na frente do teto, mas é como se interagissem com a pintura do mesmo. Realmente fascinante!

Na saída dela me dirigi ao padre da igreja que estava sentado em uma mesinha no canto ao lado da entrada e disse que a igreja era maravilhosa. Sabiamente ele me respondeu que ele não era responsável por ela ser desse jeito. Depois perguntou de onde eu era e eu respondi que era do Brasil, finalmente ele perguntou o que fazia lá e disse que tinha vindo para estudar, ele me deu então os parabéns, agradeci e fui embora. Muito simpático o padre.

Na saída, para coroar nosso passeio, nos deparamos com uma manifestação pacífica em frente à estação de trem. Eram diversas pessoas e boa parte delas estava com tocha na mão. A princípio gelei achando que poderia ter sido uma greve do trem, mas depois vi que se tratava de alguma reclamação relacionada à educação ou algo assim. Era muita gente na marcha que passou em frente à estação.

No fim da viagem, pegamos o trem de volta. Cheguei a casa por volta das 9:00 e estava destruído... Com o corpo inteiro, especialmente os pés, doendo de tanto andar, mas estava feliz. Feliz e não vendo a hora de voltar... Que viagem!

(foto que tirei saindo de Veneza)

alguns vídeos da viagem:

http://mx.youtube.com/watch?v=vzpEZ-FtK6U

http://mx.youtube.com/watch?v=mQ7XZ3-i_8Y

http://www.youtube.com/watch?v=eCcbxsjzj0s

http://www.youtube.com/watch?v=kwPJz_ARTKU

http://www.youtube.com/watch?v=yM9lC3M7jOI

http://www.youtube.com/watch?v=G23Xp6mEUXM

http://www.youtube.com/watch?v=JlLW0_0Q5mw

http://www.youtube.com/watch?v=XQTzqi8sZYs

2 comentários:

Anônimo disse...

Puxa vida, Ramonin! Fico extremamente feliz por ver como essa viagem está sendo boa para você. Espero que seja de assim para melhor. :) Beijos com saudades, Lu.

Carol disse...

Ramón, vc escreveu muito =P

Mas adorei as fotos! Se vc tiver upado mais no Picasa ou no Flickr, bota o link pra gente ver e não ficar só nas que vc coloca nos posts =)

Continue se divertindo!