Roma - O começo

Antes de mais nada peço desculpas por ter demorado tanto para escrever... Estive meio sem tempo mas a que tudo indica agora vou ter um tempo sobrando para falar da vida... Hehehe

Com dezembro, vieram o natal e o ano novo, e nesse período eu resolvi fazer algumas viagens enquanto eu ainda estava de férias. No dia 24 de dezembro de 2008, peguei um trem as 4 e pouco da manhã e parti para a capital da Itália. Depois de quase 5 horas cheguei e tentei não me demorar muito a conhecer um pouco da cidade. Eu tinha reservado um albergue, mas tinha falado que ia chegar mais tarde então dei uma andada pelas voltas antes de ir propriamente para o albergue.

Minha primeira parada foi a Basílica de Santa Maria Maggiore, a qual que conheci primeiro os fundos e depois a frente. Curiosamente ambos os lados ficavam numa espécie de praça com um pilar de frente para ela, sendo que o da entrada era um pilar com fonte.

A igreja e o Pilar com fonte (Santa Mari Maggiore)

Como já disse em outras oportunidades aqui é o negócio é ver arte sacra na maior parte do tempo, e realmente foi o que eu fiz... Logo depois dessa igreja, fui à outra, essa, possuía dentro um pedaço de rocha dentro de uma redoma. Resolvi ler do que se tratava. Para meu espanto, estava escrito que era a pedra na qual Jesus teria sido flagelado. No mínimo fiquei espantado com a peça e, como me foi permitido, tirei uma foto dela.

Finalmente depois disso me direcionei ao albergue. Chegando lá a mulher que me atendeu era uma Romena que estava na Itália a mais ou menos o mesmo tempo que eu, mas ela falava muito mal o italiano. Ela tinha me dito que eu deveria me locomover a outro lugar porque eu tinha feito reserva pelo “Hostel Club”. Então me dirigi até esse segundo lugar, e lá tinha outra romena que já vivia a mais tempo na Itália e falava bem o italiano. Essa viu meus papeis de reserva e ligou para o outro albergue e começou a brigar com a primeira por telefone, mas eu não entendi porque era na língua natal delas.

No fim, o que tinha ocorrido era um mal entendido porque a primeira achou que eu tinha pedido quarto compartilhado, quando na verdade eu tinha pedi um quarto separado, mas sem banheiro. Então ela falou para eu aparecer mais tarde, para falar com o chefe das duas e não a primeira romena, no primeiro albergue de novo que meu quarto estaria lá. Como sempre digo, eu sou um cara de sorte, e no fim o quarto que eles me deram lá no albergue era um quarto duplo (cama de casal) com banheiro e televisão e eu não precisei pagar nada a mais por isso. Um espetáculo!

Nesse meio tempo fui conhecer o Coliseu e, lógico, eu paguei com desconto devido ao passaporte vermelho fantástico que eu tenho... hehehe... O lugar é bem interessante, por dentro e por fora. Inclusive por dentro estava tendo uma exposição de esculturas da época do império.

Coliseu Romano

Quando saí de lá cruzei um parque que ficava ali ao lado para conseguir chegar mais rápido ao albergue, mas o parque não tinha muita coisa para se ver e, por isso, passei rapidinho. Voltando do albergue voltei para a região do coliseu para ver o que faltava por ali, tirei fotos da área do foro Romano e finalmente atingi uma igreja que tinha a esculturas da loba dando de mamar a Rômulo e Remo.

A loba, Rômulo e Remo

Seguindo passeio cheguei à Piazza Venezia, na qual havia um prédio bem bonito. Era umas três da tarde e por ser véspera de natal ele estava fechando então não consegui ver por dentro nem nada. Uma pena, mas quando voltar lá verei essas coisas. O próximo ponto da lista foi a Fontana di Trevi, essa eu fiz questão de ir duas vezes, uma a noite e uma de dia porque me falaram que era belíssima a noite por causa das luzes e tudo mais. Diz-se dessa fonte que quem joga uma moeda nessa fonte volta para Roma. Eu tenho certeza que comigo isso vai funcionar, porque minha defesa de tese será lá... hauhauhauah...

Fotos da Piazza Venezia

Fontana di Trevi

O próximo ponto foi o Pantheon, uma igreja bem bonita por dentro. Esta possui uma entrada de luz bem no meio e no alto que dá um efeito bastante legal no recinto. Ali nas proximidades tinha um restaurante com uma garçonete cubana muito simpática onde eu tive minha “ceia” de natal mais tarde.

Depois de parar um pouquinho, descansar um pouquinho, andei mais um pouco e cheguei a Piazza Navona. Essa praça, além da embaixada brasileira, que obviamente pela data estava fechada, tinha três belas fontes e estava com uma espécie de parque de diversões montado lá, com barraquinhas de comida, uns carrosséis, tiro ao alvo, etc. O que acredito que seja o que eles chamam de mercatino della Befana. Para quem não sabe, como eu antes de vir para cá, a Befana é uma espécie de bruxa que vem na noite entre o dia 5 e 06/01 (dia de Reis) dar presentes as crianças que se comportaram direito ou carvão para as que não se comportaram. Aqui essa figura é mais forte que a do Papai Noel. No mercadinho não comprei nem comi nada, mas as fontes eram bem bonitas e tirei uma foto com a Bandeira brasileira de fundo... hehehe

Fotos da Piazza Navona

Em seguida, dirigi-me a Piazza di Spagna, onde além de mais uma bela fonte havia, curiosamente, a embaixada espanhola e uma escadaria que levava a uma igreja. Nessa escadaria estavam montados equipamentos de som para um provável show e também tinha uma árvore de natal. Lá de cima tirei uma foto geral de Roma por ser um lugar mais alto.

Conheçam um pouco de Roma!

Nessa hora comecei a voltar todo caminho que fiz para poder descansar um pouco no albergue antes de ir para o que era o meu real objetivo na cidade, que será explicado mais para frente. Primeiramente passei novamente pela Fontana de Trevi, especialmente porque me tinham dito que era ainda mais bonita a noite dada a iluminação especial, e realmente devo dizer que é fantástica a noite.

Como era natal eu resolvi que merecia uma ceia um pouco mais a caráter que os dois sacos de sanduíche que eu fiz antes de vir para Roma. Sendo assim, eu achei um restaurante de frente para o Pantheon e tive minha ceia lá. Tinham me dito que uma comida tradicional de lá era o espaguete à carbonara, mas que era pesado um pouco. Resolvi provar. No restaurante fui atendido por uma cubana que era simpaticíssima e, a meu lado, quem diria, sentou um casal de Brasileiros. Pedi uma bruschetta de entrada e o dito espagueti. Era bom e era um pouco pesado mesmo... hehehehe

Depois disso tudo, e com os pés começando a doer finalmente cheguei ao albergue. Fiquei tomei um banho e assisti um pouco de TV. Para minha alegria o canal que achei estava passando HEMAN dublado em italiano. Simplesmente hilário, a começar pelo modo que eles chamam o Heman. Eles falam como se o “H” fosse mudo então fica “eman”. Praticamente o “imã”... hehehe... Viva o protecionismo das línguas! Aliás aqui na Itália eles tem o “Omer” Simpson também. Eu diria espetacular... hehehe

A continuação no próximo post