sábado, 14 de fevereiro de 2009

Roma - Jornada ao Vaticano e Missa de Natal

Bom, tudo isso foi o fim do meu dia em Roma e começo da Jornada ao Vaticano que foi na verdade meu grande objetivo da viagem. Queria mais que tudo conhecer o papa? Não! Queria mais que tudo conhecer o menor país do mundo? Não! Eu queria sim, mais que tudo, agradecer pela minha família que sempre esteve do meu lado me apoiando em todos os momentos da minha vida. A mesma família que me educou, me criou e me deu grande força na hora de partir. Como estava na Itália, que lugar melhor que um local aonde todos vão para orar, um local sagrado, um local onde o contato com o espiritual é intenso? Pois foi esse o meu motivo.

Aqui nas próximas palavras serão ditadas algumas das sensações que tive desde o percurso até o final da missa de Natal e retorno ao albergue. Espero que seja agradável a todos da mesma forma que foi tocante para mim.

Depois da sessão nostálgico-cômica com o Heman italiano e de dormir um pouco tomei um banho e me aprontei para minha jornada até o Vaticano. Tinham me dito para chegar pelo menos uma hora antes porque lotava e tudo mais e, por isso, saí umas dez e pouco para chegar por volta das onze. Como tinha dito meus pés estavam doendo de ter andado o dia todo e, literalmente, eu andei tanto que as meias que usei durante o dia, que vieram novas do Brasil, furaram.

Até aí sem problemas, porque o metrô de Roma parava perto do Vaticano. Foi pensando nisso que me dirigi à estação. Chegando lá descobri que os metrôs todos da cidade haviam parado por se véspera de natal. Na hora achei um absurdo, mas depois eu concordei, se eu queria passar o natal com minha família porque os funcionários do metrô não iam querer também?

Perguntando para gente na rua, me sugeriram de ver algum ônibus, mas eu não conseguia achar o ponto em que parava o ônibus que deveria pegar. Vagando meio sem saber para onde, mas indo em direção a estação de trem, encontrei um funcionário da companhia de trens da Itália e ele disse que na porta da estação deveriam ter alguns ônibus. Fomos conversando no caminho e descobri que ele já tinha ido para o Pará, é, acho que era Pará mesmo. Achei estranho, porque o estado não é famoso assim como local turístico. Foi aí que descobri que na verdade ele tinha um filho lá que nasceu de um relacionamento dele com uma brasileira na Itália. Não vou comentar isso...

Ao chegar à estação, confirmei o que temia, os ônibus também estavam parados. Resolvi então ir a pé. Disse isso ao funcionário e ele me explicou o caminho. Para minha sorte a maior parte do tempo era só na reta. Foi assim que comecei minha “penitência” de Natal. Com os pés doendo mais a cada passo que dava quase que todo o caminho até o meu destino eu fiz mancando. A caminhada deveria ser de aproximadamente uma hora, mas eu não sei dizer agora quanto tempo eu levei.

para quem quiser ver: http://maps.google.com/maps?f=d&source=s_d&saddr=roma+termini&daddr=Via+Nazionale+to:41.895601,12.482915+to:Basilica+de+S%C3%A3o+pedro,+Vaticano&hl=pt-BR&geocode=%3BFZhLfwIdloq-AA%3B%3B&mra=dpe&mrcr=0&mrsp=2&sz=15&via=1,2&dirflg=w&sll=41.894738,12.489223&sspn=0.015845,0.038624&ie=UTF8&ll=41.900616,12.478666&spn=0.033156,0.077248&t=h&z=14

Recusei-se a pegar um táxi na ida porque tinha certeza que daria mais valor quando chegasse. Pode me chamar de louco, eu mesmo me chamei de louco para falar a verdade, desde o começo do caminho, quando ia pedir informações para os Carabinieres eu começava dizendo: “Sei que é uma coisa de louco o que estou fazendo, mas para ir para o Vaticano eu devo fazer...?”. Perguntei uma vez na Piazza dei Cinquecento e depois na Piazza Venezia.

Continuei andando até atingir a Via del Plebiscito, estava começando a ficar meio triste porque não chegava e finalmente encontrei um cara de terno andando. Perguntei do caminho para ele. Era um senhor de seus quarenta e poucos andando meio puto da vida porque ele tinha que ir para o trabalho dele e os meios de transporte estavam todos parados. Ele disse que estava indo certo e que iria para perto do Vaticano também, e assim fomos. Comecei a ver a cúpula da basílica se aproximando e fui me alegrando novamente. Na verdade, o fato desse cara ter aparecido me deu uma força a mais na caminhada.

Fui pensando em todo mundo no meio do caminho e como seria a reação de todos depois que lessem as cartas que deixei de “presente” de Natal. Finalmente cruzamos a ponte e então ao virar a esquerda na Via della Conciliazione vi na minha frente a Basilica de San Pietro. Me chamem do que for, ao ver ela tão perto de mim e ter certeza que em instantes estaria lar comecei a chorar emocionado por tudo. Naquele momento eu já não sentia dor no pé, frio que fazia e nem tinha noção mais de como estava indo para lá, eu era pura emoção.

Quase chegando!

Finalmente cheguei lá e estava com uma alegria incontida dentro de mim, achei melhor ligar para meus avós maternos, já que a não sabia que horas a missa acabaria. Foi uma ótima surpresa para eles, ainda mais por ficarem sabendo que eu estava no Vaticano naquele momento. Mal sabiam que no dia seguinte receberiam uma carta que tinha escrito para ele pelas mãos da minha mana e cunhado. Avisei que estava lá para ver a missa, desejei feliz natal e desligamos.

Para ver a missa de dentro do Vaticano era necessário ter um convite especial, que eu não tinha, mas do lado de fora havia telões e caixas de som para ser possível acompanhar a missa na integra. Para minha sorte ainda tinha bastantes cadeiras perto dos telões e assim fiquei num lugar bem bom para ver a missa. Sentei-me e depois de um tempinho começaram a fazer anúncios nos auto-falantes sobre o que estava prestes a acontecer. Esses, na verdade era um só, anúncios foram feitos em italiano, francês, inglês, alemão, espanhol e português se não me engano. Aliás, a missa toda foi multilíngüe, o que, mesmo tendo dificultado a compreensão, deixou-a ainda mais bonita.

Após alguns instantes a missa começou com a entrada do Papa Bento XVI ao som de um coral e um órgão. Com o a desenvolver da missa, fui me sentindo bem e como cada parte foi feita em uma língua tive que prestar bastante atenção para entender o máximo. Se não me engano, uma leitura foi feita em espanhol, a outra em inglês, o evangelho e a homilia papal em italiano, alguns trechos em latim, outras coisas em francês, alemão, português (do Brasil) e inclusive o que parecia ser uma língua africana ou algo que realmente não consegui identificar.

Durante a missa, meu pai me liga e depois de ver que eu estava lá e que não ia ficar conversando com ele na hora desliga, mas voltava a ligar a cada 20 minutos mais ou menos... hehehehehe... Só que eu já nem atendia, já desligava antes de atender. Meu plano era ligar para todos assim que a missa acabasse. A única coisa que não entendi foi a quantidade de vezes que meu pai ligou. Digo isso porque se uma missa normal já demora uma hora e meia mais ou menos a missa de NATAL conduzida pelo PAPA não ia demorar menos, pelo menos foi o pensamento que tive e que se confirmou. Mas tudo bem, fiz até um videozinho zoando com meu pai a respeito disso... hehehe

Para minha surpresa, sacerdotes saíram de dentro da Basílica na hora da comunhão para distribuir a hóstia aos fiéis. Foi um momento que completou toda minha jornada até lá. Se já tinha chorado ao ver o vaticano após a comunhão eu me debulhava em lágrimas certo de que eu tinha cumprido com o que tinha me proposto. Agradeci, agradeci, agradeci e agradeci! Sem dúvida nenhuma se estava lá e se estou aqui é porque sempre tive pessoas maravilhosas na minha vida e nenhum dos meus tios, tias, primos, avós e amigos estão fora dessa lista. Muito obrigado mesmo a todos!

Momento de Comunhão

Já para terminar a missa, ao som do coral e do órgão novamente depositaram a imagem do menino Jesus no Presépio colocado dentro da Basílica. A música me arrepiou completamente e depois disso e a saída do papa (momento em que alguém quase pulou em cima dele e eu filmei) completei com chave de ouro meu dia.

Imagem do Menino Jesus que foi colocado no presépio dentro da Basílica

Logo na saída liguei para meu pai e para minha mãe para dar feliz natal e voltei para o albergue. Dessa vez só fiz metade do caminho a pé mais ou menos e o resto fui com um taxi que achei no caminho dormi feliz-feliz ao chegar e no outro dia praticamente só fui de novo ao vaticano (de metrô, que funcionou até a 1 da tarde) para conhecer a igreja por dentro e tudo mais. Infelizmente o museu do vaticano estava fechado, mas pelo horário que cheguei lá peguei a benção do Papa em diversas línguas e conheci alguns brasileiros, inclusive legionários brasileiros que estão estudando para serem padres.

Fotos do dia 25 na benção em diversas línguas

Da “Missão Vaticano” acho que era isso que tinha para contar aqui mesmo... hehehe... Espero que tenham gostado!

Arivederci!

PS: Para quem se interessar(como meus avós, por exemplo), segue aqui a tradução da homilia do Papa.

SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR

HOMILIA DO SANTO PADRE BENTO XVI

Basílica Vaticana
24 de Dezembro de 2008

«Quem se compara ao Senhor, nosso Deus, que tem o seu trono nas alturas e Se inclina lá do alto a olhar os céus e a terra?» Assim canta Israel num dos seus Salmos (113/112, 5s.), onde exalta simultaneamente a grandeza de Deus e sua benigna proximidade dos homens. Deus habita nas alturas, mas inclina-Se para baixo… Deus é imensamente grande e está incomparavelmente acima de nós. Esta é a primeira experiência do homem. A distância parece infinita. O Criador do universo, Aquele que tudo guia, está muito longe de nós: assim parece ao início. Mas depois vem a experiência surpreendente: Aquele que não é comparável a ninguém, que «está sentado nas alturas», Ele olha para baixo. Inclina-se para baixo. Ele vê-nos a nós, e vê-me a mim. Este olhar de Deus para baixo é mais do que um olhar lá das alturas. O olhar de Deus é um agir. O fato de Ele me ver, me olhar, transforma-me a mim e o mundo ao meu redor. Por isso logo a seguir diz o Salmo: «Levanta o pobre da miséria…» Com o seu olhar para baixo, Ele levanta-me, toma-me benignamente pela mão e ajuda-me, a mim próprio, a subir de baixo para as alturas. «Deus inclina-Se». Esta é uma palavra profética; e, na noite de Belém, adquiriu um significado completamente novo. O inclinar-Se de Deus assumiu um realismo inaudito, antes inimaginável. Ele inclina-Se: desce, Ele mesmo, como criança na miséria do curral, símbolo de toda a necessidade e estado de abandono dos homens. Deus desce realmente. Torna-Se criança, colocando-Se na condição de dependência total, própria de um ser humano recém-nascido. O Criador que tudo sustenta em suas mãos, de Quem todos nós dependemos, faz-Se pequeno e necessitado do amor humano. Deus está no curral. No Antigo Testamento, o templo era considerado quase como o estrado dos pés de Deus; a arca santa, como o lugar onde Ele estava misteriosamente presente no meio dos homens. Deste modo sabia-se que sobre o templo, escondida, estava a nuvem da glória de Deus. Agora, está sobre o curral. Deus está na nuvem da miséria de uma criança sem lugar na hospedaria: que nuvem impenetrável e, no entanto, nuvem da glória! De fato, de que modo poderia aparecer maior e mais pura a sua predileção pelo homem, a sua solicitude por ele? A nuvem do encobrimento, da pobreza da criança totalmente necessitada do amor, é ao mesmo tempo a nuvem da glória. É que nada pode ser mais sublime e maior do que o amor que assim se inclina, desce, se torna dependente. A glória do verdadeiro Deus torna-se visível quando se abrem os nossos olhos do coração diante do curral de Belém.

A narração do Natal feita por São Lucas, que acabamos de ouvir no texto evangélico, conta-nos que Deus levantou um pouco o véu do seu encobrimento primeiro diante de pessoas de condição muito humilde, diante de pessoas que habitualmente eram desprezadas na grande sociedade: diante dos pastores que, nos campos ao redor de Belém, guardavam os animais. Lucas diz-nos que estas pessoas «velavam». Nisto podemos ouvir ressoar um motivo central da mensagem de Jesus, na qual volta, repetidamente e com crescente urgência até ao Jardim das Oliveiras, o convite à vigilância, a permanecer acordados para nos darmos conta da vinda do Senhor e estarmos preparados para ela. Por isso, também aqui talvez a palavra signifique algo mais do que o simples estar externamente acordados durante as horas noturnas. Eram pessoas verdadeiramente vigilantes, nas quais estava vivo o sentido de Deus e da sua proximidade; pessoas que estavam à espera de Deus e não se resignavam com o aparente afastamento d’Ele na vida de cada dia. A um coração vigilante pode ser dirigida a mensagem da grande alegria: esta noite nasceu para vós o Salvador. Só o coração vigilante é capaz de crer na mensagem. Só o coração vigilante pode incutir a coragem de pôr-se a caminho para encontrar Deus nas condições de uma criança no curral. Peçamos ao Senhor para que nesta hora nos ajude, a nós também, a tornarmo-nos pessoas vigilantes.

São Lucas narra-nos ainda que os próprios pastores ficaram «envolvidos» pela glória de Deus, pela nuvem de luz, encontravam-se dentro do resplendor desta glória. Envolvidos pela nuvem santa ouvem o cântico de louvor dos anjos: «Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados». E quem são estes homens por Ele amados senão os pequenos, os vigilantes, aqueles que estão à espera, esperam na bondade de Deus e procuram-No olhando para Ele de longe?

Nos Padres da Igreja, é possível encontrar um comentário surpreendente ao cântico com que os anjos saúdam o Redentor. Até àquele momento – dizem os Padres – os anjos tinham conhecido Deus na grandeza do universo, na lógica e na beleza do cosmos que provêm d’Ele e O refletem. Tinham acolhido por assim dizer o cântico de louvor mudo da criação e tinham-no transformado em música do céu. Mas agora acontecera um fato novo, até mesmo assombroso para eles. Aquele de quem fala o universo, o próprio Deus que tudo sustenta e traz na sua mão, Ele mesmo entrara na história dos homens, tornara-Se um que age e sofre na história. Do jubiloso assombro suscitado por este fato inconcebível, por esta segunda e nova maneira em que Deus Se manifestara – dizem os Padres – nasceu um cântico novo, tendo o Evangelho de Natal conservado uma estrofe para nós: «Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens». Talvez se possa dizer, segundo a estrutura da poesia hebraica, que este versículo nas suas duas frases diz fundamentalmente a mesma coisa, mas duma perspectiva diversa. A glória de Deus está no alto dos céus, mas esta sublimidade de Deus encontra-se agora no curral, aquilo que era humilde tornou-se sublime. A sua glória está sobre a terra, é a glória da humildade e do amor. Mais ainda: a glória de Deus é a paz. Onde está Ele, lá está a paz. Ele está lá onde os homens não querem fazer, de modo autônomo, da terra o paraíso, servindo-se para tal fim da violência. Ele está com as pessoas de coração vigilante; com os humildes e com aqueles que correspondem à sua elevação, à elevação da humildade e do amor. A estes dá a sua paz, para que, por meio deles, entre a paz neste mundo.

O teólogo medieval Guilherme de S. Thierry disse uma vez: Deus viu, a partir de Adão, que a sua grandeza suscitava no homem resistência; que o homem se sente limitado no ser ele próprio e ameaçado na sua liberdade. Portanto Deus escolheu um caminho novo. Tornou-Se um Menino. Tornou-Se dependente e frágil, necessitado do nosso amor. Agora – diz-nos aquele Deus que Se fez Menino – já não podeis ter medo de Mim, agora podeis apenas amar-Me.

É com tais pensamentos que, esta noite, nos aproximamos do Menino de Belém, daquele Deus que por nós quis fazer-Se criança. Em cada criança, há o revérbero do Menino de Belém. Cada criança pede o nosso amor. Pensemos, pois, nesta noite de modo particular também naquelas crianças às quais é recusado o amor dos pais; nos meninos da rua que não têm o dom de um lar doméstico; nas crianças que são brutalmente usadas como soldados e feitas instrumentos da violência, em vez de poderem ser portadores da reconciliação e da paz; nas crianças que, através da indústria da pornografia e de todas as outras formas abomináveis de abuso, são feridas até ao fundo da sua alma. O Menino de Belém é um renovado apelo que nos é dirigido para fazermos tudo o que for possível a fim de que acabe a tribulação destas crianças; para fazermos tudo o que for possível a fim de que a luz de Belém toque os corações dos homens. Somente através da conversão dos corações, somente através de uma mudança no íntimo do homem se pode superar a causa de todo este mal, pode ser vencido o poder do maligno. Somente se mudarem os homens é que muda o mundo e, para os homens mudarem, precisam da luz que vem de Deus, daquela luz que de modo tão inesperado entrou na nossa noite.

E falando do Menino de Belém, pensemos também na localidade que responde ao nome de Belém; pensemos naquela terra onde Jesus viveu e que Ele amou profundamente. E peçamos para que lá se crie a paz. Que cessem o ódio e a violência. Que desperte a compreensão recíproca, se realize uma abertura dos corações que abra as fronteiras. Que desça a paz que os anjos cantaram naquela noite.

No Salmo 96/95, Israel e, com ele, a Igreja louvam a grandeza de Deus que se manifesta na criação. Todas as criaturas são chamadas a aderir a este cântico de louvor, encontrando-se lá também este convite: «Alegrem-se as árvores da floresta, diante do Senhor que vem» (12s.). A Igreja lê este Salmo também como uma profecia e simultaneamente uma missão. A vinda de Deus a Belém foi silenciosa. Somente os pastores que velavam foram por uns momentos envolvidos no esplendor luminoso da sua chegada e puderam ouvir uma parte daquele cântico novo que brotara da maravilha e da alegria dos anjos pela vinda de Deus. Esta vinda silenciosa da glória de Deus continua através dos séculos. Onde há fé, onde a sua palavra é anunciada e escutada, Deus reúne os homens e dá-Se-lhes no seu Corpo, transforma-os no seu Corpo. Ele «vem». E assim desperta o coração dos homens. O cântico novo dos anjos torna-se cântico dos homens que, ao longo de todos os séculos, de forma sempre nova cantam a vinda de Deus como Menino e, a partir do seu íntimo, tornam-se felizes. E as árvores da floresta vão até Ele e exultam. A árvore na Praça de São Pedro fala d’Ele, quer transmitir o seu esplendor e dizer: Sim, Ele veio e as árvores da floresta aclamam-No. As árvores nas cidades e nas casas deveriam ser algo mais do que um costume natalício: indicam Aquele que é a razão da nossa alegria – o próprio Deus que vem, o Deus que por nós Se fez menino. O cântico de louvor, no mais fundo, fala enfim d’Aquele que é a própria árvore da vida reencontrada. Pela fé n’Ele, recebemos a vida. No sacramento da Eucaristia, dá-Se a nós: dá uma vida que chega até à eternidade. Nesta hora, juntamo-nos ao cântico de louvor da criação e o nosso louvor é ao mesmo tempo uma oração: Sim, Senhor, fazei-nos ver algo do esplendor da vossa glória. E dai a paz à terra. Tornai-nos homens e mulheres da vossa paz. Amen.

2 comentários:

Silene Lado Be disse...

Sua postagem me fez chorar! Estava apenas pesquisando no Google como são as festividades de Natal no Vaticano, pois estarei lá no natal deste ano (2010). A descrição que fez é muito emocionante!! Quando fui à Roma anos atrás, fiz essa caminhada que vc descreve e quando cheguei, a benção do Papa já tinha acabado. Mas mesmo assim valeu a pena. Obrigada, me ajudou a me preparar para o que vou encontrar lá! Abraço, SIlene

Receitas para o Rafa disse...

Também vou passar este Natal em Roma e estou procurando informações sobre a Missa do Galo. Pelo que entendi não é necessário pagar nem reservar nada para ficar do lado de fora, certo? Parabéns, seu relato foi muito bacana.
Abraços
Marcella